6h de Fuji: Toyota dita a lei nos treinos livres

Sem surpresa alguma, a Toyota dominou os treinos livres para as 6h de Fuji

RIO DE JANEIRO – Chegou enfim o segundo evento do calendário 2019/20 do Mundial de Endurance (FIA WEC): as 6h de Fuji já tiveram os treinos livres disputados – a qualificação é nesta madrugada a partir de 1h10 de Brasília – e para surpresa de zero pessoas deu Toyota: os protótipos híbridos foram os mais rápidos nas três sessões de preparação para definir o grid.

O carro #8 guiado pelo neozelandês Brendon Hartley foi o mais rápido com 1’25″621, tempo cravado no FP3 e apenas 0″002 melhor que o próprio companheiro de trinca, Kazuki Nakajima. Kamui Kobayashi registrou 1’25″826, a dois décimos do Toyota gêmeo.

A preocupação dos japoneses é com o deficit de 1,4 segundo por volta que o carro #7, vencedor na abertura em Silverstone, terá que apresentar correndo em casa. “Quando você perde combustível, perde energia, para não recuperar a velocidade antes das curvas. Não acho que o cálculo esteja correto, por isso tem sido bastante difícil”, comentou Kamui Kobayashi.

Entre os LMP1 não-oficiais, também não houve surpresa. A Rebellion andou bem, chegou a ficar em segundo no treino livre #2 de ontem, mas está mesmo com a 3ª posição: Gustavo Menezes ficou a meio segundo da melhor volta, superando por cerca de nove décimos o melhor dos Ginetta.

Aliás, os carros britânicos chegaram ao Japão e tiveram problemas com o receptor de dados de ambos, o que obrigou a FIA a impedir que o Team LNT treinasse mais do que 15 voltas no FP1. A partir daí, os carros #5 e #6 rodaram sem maiores dificuldades.

Bruno Senna completou 37 voltas com o carro #1, que para a corrida japonesa apresenta uma nova programação visual. Dentro do trabalho pré-estabelecido pela equipe com o piloto, a melhor passagem dele foi no FP3, em 1’27″957.

Em grande fase: Nyck de Vries, campeão da Fórmula 2, volta ao WEC e de cara é o mais veloz em Fuji na classe LMP2

Recém-coroado campeão da Fórmula 2, o holandês Nyck de Vries regressou em grande ao WEC: fez o melhor tempo dos treinos livres na divisão LMP2, marcando 1’29″008, quatro décimos melhor que o carro #38 do Team Jota, guiado pelo também regressado (posto que em Silverstone estava lesionado) Anthony Davidson.

A High Class Racing trabalhou com setups distintos e hoje se preocupou com long runs preparando o carro para a corrida. Com o acerto próximo do que esperam para a qualificação, Kenta Yamashita foi o terceiro. A registrar a boa performance dos pneus Goodyear que equipam tanto o time dinamarquês quanto a Jota e a Jackie Chan DC Racing, que ficou em quinto.

Na Signatech Alpine Elf, as coisas não correram tão bem – ou então os franceses escondem o jogo. André Negrão fez 1’30″833 (com 26 voltas completadas nos três treinos livres), apenas dois décimos melhor que o veloz Thomas Laurent, um de seus parceiros de equipe. Só deixaram para trás o solitário Dallara da Cetilar Racing. Veremos se haverá evolução para o posicionamento de largada…

Deu Porsche com Gianmaria Bruni na LMGTE-PRO

Surpreendentemente, os tempos de LMGTE-PRO e LMGTE-AM foram muito misturados entre os carros mais velozes dos plantéis. Nas equipes oficiais de fábrica, deu Porsche com Gianmaria Bruni marcando 1’37″501 contra 1’37″696 do Aston Martin de Nicki Thiim.

Já na LMGTE-AM, Matt Campbell fez o terceiro tempo ‘overall’ de Grã-Turismo com um carro já com um ano de uso e foi o mais rápido de sua divisão, com 1’37″807, enquanto a Ferrari #83 da AF Corse guiada pelo dinamarquês Nicklas Nielsen veio a seguir – a reboque, os dois Porsche 911 RSR GTE da Project 1 Racing, com Felipe Fraga em quarto, escudando o italiano Matteo Cairoli. O melhor tempo do brasileiro foi 1’38″096 – ele percorreu 34 voltas ao longo das sessões.

Neste fim de semana, o FIA WEC tem duas estreias: o italiano Luca Ghiotto faz seu debute no carro #5 do Team LNT e o belga Adrien de Leener tem a primeira oportunidade no #88 da Dempsey Racing-Proton, equipe que foi mais uma vez multada em € 2.000 (pouco mais de R$ 8,5 mil) por não confirmar os companheiros de Thomas Preining – de Leener e o sinistro japonês Satoshi Hoshino – no devido e exigido tempo.

No fim do ano, quando for realizada a última etapa de 2019, no Bahrein, quatro pilotos terão a chance de guiar os carros campeões da temporada passada. Nyck de Vries vai acelerar o Toyota TS050 Hybrid; o dinamarquês Mikkel Jensen sobe no Alpine A470 da equipe de André Negrão; Job Van Uitert guiará o Porsche oficial de fábrica e Vincent Abril vai com o Team Project 1.

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