Chile fora, Brasil dentro?

RIO DE JANEIRO – Sei que a notícia é velha. Mas deem um desconto, por favor. Sem notebook (o meu quebrou e não vou consertar) e curtindo a Porsche Endurance em Interlagos, não vi muito sobre o assunto: o Chile está fora do calendário do Mundial de Rali em 2020.

Decisão sensata: o país está convulsionado pela crise social e política propagada pela administração Sebastián Piñera. Os andinos vivem num barril de pólvora. E seria mesmo muita audácia levar um evento destes para lá, mesmo sabendo que a prova é em abril – num período em que inclusive está convocada a Assembléia Constituinte.

Mas não deixa de ser uma pena, pois o Chile entrou muito bem na modalidade. A etapa deste ano, realizada na região de Bío-Bío, cuja capital é Concepción, foi um sucesso.

A Fórmula E ainda sustenta a sua 3ª etapa do ano em Santiago, a capital daquele país. E se o bom senso prevalecer, nem os carros elétricos terão vez no Chile no próximo ano.  Alejandro Agag e seus blue caps devem estar pensando em um plano B.

A pergunta é: será que haverá plano B para o WRC? Porque para eles, diminuir um evento do calendário de 14 etapas significaria um problema com relação aos custos para a viagem à América do Sul, já que caindo o Chile, fica só a Argentina com seu evento em Córdoba.

A menos que haja um candidato a preencher a lacuna.

E esse candidato pode ser o Brasil, com o seu evento mais tradicional: o Rali de Erechim.

Já houve inclusive gestões para que o evento fizesse parte do calendário e as tratativas começaram lá por 2015/16, com a visita de observadores da FIA. Mas alguns problemas – principalmente de logística – têm de ser resolvidos para que o país volte ao calendário (o Brasil sediou provas do WRC em 1981 e 1982).

A FIA se reúne em Paris nesta quarta-feira e o calendário de 2020 será oficializado. Ela tem duas prerrogativas: fechar questão por 13 provas ou deixar a data em aberto. Só que o tempo é muito curto para se decidir que país será o substituto do Chile.

Em tempo: nossos vizinhos pleiteiam o retorno ao calendário em 2021.

Comentários

  • Deve fechar com 13 provas,talvez a prova da França volte,as equipes pelo que li em outros sites europeus preferem o calendário com 13 provas,visto que as provas do Quênia,Japão e Nova Zelândia aumentaram os custos para o próximo ano