A Mil por Hora
24 Horas de Le Mans

Sonho tornado realidade

RIO DE JANEIRO (Agora vai!) – Aconteceu: a vaidade foi posta de lado e finalmente, após muito tempo perdido com discussões, houve entendimento entre Automobile Club de l’Ouest (ACO) e International Motor Sports Association (IMSA). A convergência de regulamento entre os dois certames acaba de ser confirmada na coletiva da qual participaram os principais dirigentes […]

RIO DE JANEIRO (Agora vai!) – Aconteceu: a vaidade foi posta de lado e finalmente, após muito tempo perdido com discussões, houve entendimento entre Automobile Club de l’Ouest (ACO) e International Motor Sports Association (IMSA).

A convergência de regulamento entre os dois certames acaba de ser confirmada na coletiva da qual participaram os principais dirigentes de ambas as categorias. Do lado europeu/mundial, Gérard Neveu e Pierre Fillon representando WEC/FIA e ACO. Do lado norte-americano, o Chairman da IMSA Jim France e o presidente John Doonan.

A partir do campeonato 2021/22 do Mundial de Endurance, os carros do certame dos EUA – que passarão a se chamar LMDh (sigla para Le Mans Daytona Hybrid – já explico o porque) – estarão aptos não só a disputar as 24h de Le Mans como também toda a temporada da série internacional.

E, logicamente, os Hypercars do WEC estarão igualmente aptos a competir nas provas principais da IMSA, como as 24h de Daytona, 12h de Sebring, Petit Le Mans e quantas mais quiserem/puderem.

Sobre a classe LMDh, é o seguinte: os construtores envolvidos na construção segunda versão dos protótipos DPi terão um KERS que conferirá aos bólidos potência extra em torno de 40 a 50 cavalos. Serão fornecidos por um único fabricante, inclusive.

A convergência de regras, tão aguardada, gerou um interesse absurdo na coletiva. Representantes de Porsche, Hyundai, Lamborghini, Ferrari, Ligier, Oreca, BMW, Cadillac, Dallara, Audi, Multimatic e Lexus, além da Michelin, estavam presentes no evento.

“Este anúncio de hoje é o ponto de partida crucial para um futuro conjunto de corridas de resistência, apoiado pela ACO e pela IMSA”, disse Pierre Fillon, presidente do ACO.

“A plataforma representa a convergência alcançada pelas duas organizações, o que é uma grande história de sucesso para corridas de resistência. Em breve, um fabricante poderá competir na categoria principal de dois campeonatos, o FIA WEC e o WeatherTech Championship. Não podemos enfatizar o suficiente, por ser excepcional, quantas oportunidades essa visão esportiva e de marketing abrirá a longo prazo”, auferiu o dirigente.

É a melhor notícia do motorsport em 2020. Particularmente, como fã devotado desse tipo de competição, estou muito feliz.

Que seja o começo de uma nova era de grandes disputas nas pistas e em provas de grande tradição no calendário de corridas longas.

Longa vida ao Endurance!