Habemus lista! ACO anuncia os 62 titulares das 24h de Le Mans
RIO DE JANEIRO (E a ansiedade, como faz?) – O Automobile Club de l’Ouest pôs fim ao mistério: foram anunciados hoje às 14h de Brasília, num curto vídeo via YouTube, os 62 carros titulares das 24h de Le Mans 2020 – afora os suplentes. Os organizadores da clássica prova francesa, que será realizada pela 88ª vez entre os dias 13 e 14 de junho, receberam um total de 75 pedidos de inscrição, dos quais apenas três foram rejeitados.
O plantel oficial foi irmãmente dividido entre 31 protótipos e outros 31 carros Grã-Turismo, sendo que um dos protótipos traz de volta o conceito Garage 56 (Innovative Car). Trata-se de um Oreca 07 Gibson LMP2 adaptado a pilotos com mobilidades especiais, na equipe de Fréderic Sausset, de volta após quatro anos.
Os pilotos que correrão no #84 serão Snoussi Ben Moussa, Nigel Bailly e o antigo motociclista de 250cc e 500cc Takuma Aoki. Eles disputaram nos últimos anos as séries VdeV e Ultimate Cup Series com bólidos adaptados.
Na parte competitiva, o grid terá seis protótipos LMP1 apenas, na melancólica despedida da categoria dentro do atual regulamento. Rebellion, Team LNT e Toyota compõem o plantel. A ByKolles era aguardada, mas acabou de fora – e como segunda suplente na lista de espera.
Por enquanto, nenhuma novidade entre pilotos anunciados. Os Ginettas têm apenas os nomes de Mike Simpson e Charlie Robertson. No segundo Rebellion, teremos o novato Louis Déletraz e os franceses Nathanaël Berthon e Romain Dumas.
Bruno Senna é o único brasileiro na divisão principal. Ele estará no carro #1 junto a Norman Nato e Gustavo Menezes – é a trinca titular do time anglo-suíço, que fará sua última prova como equipe justamente nas 24h de Le Mans.
A Toyota não sofrerá com o EoT que vem sendo aplicado nas demais provas do WEC e é franca favorita a conquistar a terceira vitória em sequência com seus protótipos TS050 Hybrid, salvo um desastre de proporções bíblicas.
A classe LMP2 terá outros 24 carros além do Innovative Car, distribuídos entre equipes titulares do WEC e ELMS, fora participantes da IMSA e do Asian Le Mans Series. É o plantel mais diversificado do grid e é a primeira vez em vários anos que os quatro chassis homologados estarão na pista juntos em Le Mans.
Os Oreca são maioria absoluta – incluindo o Aurus 01 e o Alpíne A470, serão dezenove chassis construídos no ateliê de Hughes de Chaunac, competindo contra três Ligier, dois Dallara e um Riley-Multimatic.
A United Autosports foi a única equipe agraciada com duas entradas diretas para o grid, enquanto as demais têm um carro e quem inscreveu outros – casos da High Class Racing, IDEC Sport, DragonSpeed e Inter Europol, chuparam dedo e vão ficar na lista de suplentes.
De novidades em relação à ultima edição, dois regressos: da Eurasia Motorsport e da Eurointernational, equipe de Antonio Ferrari; e várias estreias: Nielsen Racing, Thunderhead Carlin Racing, Performance Tech Motorsports, Rick Ware Racing e Richard Mille Racing.
Esta última traz um trio 100% feminino – e não será o único – formado por Sophia Flörsch, Tatiana Calderón e Katherine Legge. A Rick Ware Racing é a primeira escuderia da Nascar a correr em Le Mans em 44 anos. E a Performance Tech é o primeiro time de LMP2 dos EUA em décadas a competir em La Sarthe.
Entre os brasileiros, dois confirmados: o atual campeão mundial André Negrão na Signatech-Alpine Elf junto a Thomas Laurent e Pierre Ragues, além de Luiz Felipe Derani, o Pipo – confirmado hoje no #21 da DragonSpeed junto a Memo Rojas Jr. e Ryan Cullen.
Na LMGTE-PRO, zero surpresa: aos seis carros do WEC, juntam-se cinco da IMSA e não temos a BMW com a equipe de Bobby Rahal, o que é uma lástima. Mas o plantel é muito forte e a grande novidade – aliás, a única – de 2020 será a estreia do novo Chevrolet Corvette C8.R.
Juntando as equipes, a Porsche é a que tem mais carros – quatro no total – com seus times do Mundial e dos EUA. A Ferrari é representada por duas equipes e três carros. Corvette Racing e Aston Martin terão dois pilotos cada.
Alguns ‘refugiados’ do projeto Ford estarão no grid: Harry Tincknell e Richard Westbrook – mesmo ainda não anunciados – vão de Aston Martin. A Risi Competizione contratou Olivier Pla e Sébastien Bourdais para andar de Ferrari. O terceiro nome desse carro será o de Jules Gounon.
Falando em Ferrari, Daniel Serra está mais do que garantido no carro #51 da AF Corse para tentar sua terceira vitória em quatro participações. O brasileiro, agora integrante do programa oficial de pilotos da marca italiana, estará novamente junto a Ale Pier Guidi e James Calado.
Na LMGTE-AM, teremos 20 carros de 15 escuderias – a AF Corse terá nada menos que três bólidos, com a adição de sua inscrição no ELMS aos carros da lista direta de entradas.
As novidades são a Luzich Racing (que honrou o convite, apesar de especulações se isso aconteceria, ou não), a Iron Lynx, a Gear Racing e a HubAuto Corsa. Todas as equipes vão de Ferrari 488 GTE EVO.
A Iron Lynx terá o mesmo trio de mulheres pilotos que andou ano passado com a Kessel Racing, composto por Rahel Frey, Manuela Göstner e Michele Gatting. E Christina Nielsen vai no carro da Gear, inscrito com bandeira dinamarquesa – será que vêm outras duas meninas? Alice Powell? Jamie Chadwick? Quem sabe…
E na HubAuto, está confirmado o até aqui único estreante brasileiro do grid: Marcos Gomes estará no carro #80 junto a Tim Slade e Morris Chen, fazendo com que ele seja o segundo filho de pilotos do país a competir nas 24h de Le Mans. Paulão Gomes esteve lá em 1978 e foi 7º colocado geral com um Porsche.
O primeiro brasileiro herdeiro de quem já estivera no grid foi Nelsinho Piquet, cuja estreia foi em 2006 e seu pai, Nelson Piquet, disputou as 24h de Le Mans duas vezes em 1996 e 1997, ambas com McLaren BMW F1 GTR.
Felipe Fraga vai para a sua segunda participação em La Sarthe com o Team Project 1 e os mesmos parceiros com que venceu – e não levou – a disputa ano passado: o estadunidense Ben Keating e o holandês Jeroen Bleekemolen.
As equipes suplentes, por ordem determinada pelo ACO, são: Spirit of Race (LMGTE-AM), ByKolles (LMP1), IDEC Sport (LMP2), High Class Racing (LMP2), Proton Competition (LMGTE-AM), DragonSpeed USA (LMP2), Iron Lynx (LMGTE-AM), Inter Europol (LMP2), Team Project 1 (LMGTE-AM) e D’Station Racing (LMGTE-AM).
O cronograma das 24h de Le Mans deste ano prevê a partir de 10 de junho: dois treinos livres, o primeiro com 4h30min de duração e o segundo com 1h, mais a primeira classificação com apenas 45min de pista; no dia 11, 2h de treinos livres antes da Hyperpole com meia hora disponível para os seis mais rápidos das quatro classes inscritas e uma nova sessão livre com duração de 2h.
A corrida este ano larga às 16h locais, 11h de Brasília, no dia 13 de junho.
Mattar o jordan king não correra le mans e nem o restante da temporada da wec?até Shangai ele correu,boas férias Mattar
Jordan King deve ser anunciado pela Ginetta. Mas até agora, não foi.
Xará, tinha um time da Porsche que eu sempre via e achava marcante, a Konrad. Ela ainda existe?
A Konrad Motorsport ainda existe e era cliente da Lamborghini, só que eles estavam se limitando a VLN nos últimos anos.
Obrigado amigo, vi aqui algumas fotos e eu que só tinha visto eles de Porsche, achei muito extranho! Kkkk
Tu vais a le mans este ano?
Com o dólar batendo na casa de 5 reais? Acho beeem difícil.