Mazda e IMSA: game over

Fim da linha para a Mazda no programa IMSA após a temporada que mal começou: a marca oriental não terá carros no regulamento LMDh a partir de 2023

RIO DE JANEIRO – Sexta-feira de notícias nada boas para a IMSA visando o futuro: a Mazda Motorsports, presente na série desde a fusão ALMS/Grand-Am, sem contar o tempo da Rolex SportsCar Series com modelos Grã-Turismo e os protótipos e/ou motores usados por diversas equipes em ambas as séries em tempos idos, estará fora da categoria após a próxima temporada.

E sem perspectiva alguma de participação dentro do regulamento LMDh: a essa plataforma, a montadora oriental diz “não”, concentrando-se somente a partir de 2022 na competição monomarca dos RX-5, que agora é um dos eventos suporte da IMSA.

Não é só isso: o diretor da Mazda Motorsports Nelson Cosgrove, que substituiu John Doonan, alçado à presidência da IMSA no lugar de Scott Atherton, também deixa o cargo – em poucos dias. Cosgrove está fora após 28 de fevereiro. De março até o fim da temporada, a supervisão do programa, reduzido a apenas um carro em 2021, fica sob a responsabilidade de Mo Murray.

Uma pena. A Mazda veio do pódio em Daytona após perder três voltas durante a disputa e no formato DPi, adotado a partir de 2017, conquistou várias vitórias – a mais importante delas nas 12h de Sebring ano passado. Com a partida da Nissan, que não teve reposição à altura e agora da Mazda, apenas Cadillac e Acura estarão representadas na DPi em 2022 e somente a Acura sinalizou permanência dentro da nova regulamentação de 2023 para a frente.

A IMSA garante ter tido tratativas com cerca de dezesseis montadoras – três já aderiram ao futuro pacote – Porsche, Audi e Acura.

A Mazda esteve fiel à IMSA com a fusão entre a American Le Mans Series e a Grand-Am primeiro usando no protótipo Lola B12/80 o sistema Skyactiv-D com motor turbodiesel. Como o motor fosse pouco confiável e lento, a opção da Mazda foi retomar a parceria com a Advanced Engine Research (AER), com sede na Inglaterra, usando um bloco com o codinome MZ-2.0T com quatro cilindros em linha e 2 litros de capacidade cúbica, com turbocompressor. Os modelos DPi do construtor foram os únicos montados na plataforma Riley Mk30 de LMP2.

Comentários

  • Rodrigo, só uma correção, os DPis estrearam em 2017, não 16. Quanto a saída, uma pena, o carro é lindo, talvez o protótipo mais bonito desde o Peugeot 908 e o Epsilon Euskadi.

  • Poxa vida, não posso me ausentar por alguns dias que a coisas acontecem…
    Bem, é uma pena mesmo, sobretudo porque, este carro evoluiu em confiabilidade e performance e nas últimas temporadas, certamente fruto da parceria com a JOEST e isso certamente serviria de bagagem para um futuro LMDH, caso eles encarassem a empreitada.

  • Eu fico muito desconfiado desse negocio, ano passado quando a Joest saiu fora do programa junto a Mazda, já foi um indicador , e depois quando a fabrica anunciou que iria de 1 só carro, ficou claro que a batata do programa todo tava assando.
    Minha duvida é, a Mazda tirou time de campo porque tá em crise e precisa dar um freio nos gastos ou a aproximação da IMSA a WEC e naturalmente com aumento de custos , porque o próximo carro da categoria vai ser obrigatoriamente mais caro , não tá espantando os clientes??
    Olha, pra se aproximar de federações europeias , precisa estar bem vacinado .