Brasil de novo no DTM

Felipe Fraga ao lado do novo ‘brinquedo’: o brasileiro estreia no DTM com a AF Corse e de Ferrari, no fim de abril, no Algave (Foto: Julian Kröhl/Red Bull Content Pool)

RIO DE JANEIRO – Desde o fim da participação oficial de Augusto Farfus representando a BMW no DTM e também a passagem de Pietro Fittipaldi na categoria, o Brasil não tinha um piloto regular na tradicional competição alemã, hoje disputada por modelos enquadrados no regulamento GT3 da FIA – tá, Lucas Di Grassi competiu ano passado, dirão… mas correu hors-concours, sem direito a pontos, porque não era um competidor regular da série.

Sigamos: Felipe Fraga, de 26 anos, foi anunciado hoje como o mais novo piloto da equipe AF Corse com apoio da Red Bull, o que significa que ele vai competir de Ferrari na temporada 2022, tendo como colega o neozelandês Nick Cassidy, que ano passado era o reserva eventual de Alex Albon na competição.

A Red Bull inclusive cogitou desistir de seguir na categoria após os lamentáveis incidentes da rodada dupla final em Norisring, que custaram a Liam Lawson a chance de título. Pole das duas provas naquela oportunidade, ele foi 3º colocado numa das corridas e na segunda, um escandaloso jogo de equipe da Mercedes o tirou de esquadro. As vitórias e o título foram para Maxi Götz, com Mercedes-AMG. A reputação do DTM ficou severamente manchada após os episódios da decisão do ano passado e por pouco a marca rubrotaurina não saiu da série.

Bom para Felipe Fraga, que está empolgado com a perspectiva de participar a tempo inteiro com o carro inscrito com o dorsal #74, o mesmo que usa no IMSA Weathertech SportsCar Championship.

“É uma grande chance pra mim, a maior da minha carreira. E quero fazer um bom campeonato”, avalia Fraga. “Não estou aqui para prever ou adivinhar resultados, mas venho para brigar por vitórias e acho que podemos fazer isso junto à equipe AF Corse e a Red Bull – já que eles não ganharam ano passado, por que não neste?”, finalizou e questionou o piloto – patrocinado pela marca há alguns anos.

Fraga será piloto da temporada completa e não haverá coincidência de datas com relação a seus compromissos com a Riley Motorsports na IMSA e tampouco a disputa das 24h de Le Mans, em junho. A LMP3 só regressa em meados de maio com o GP de Mid-Ohio da IMSA. A temporada 2022 do DTM, com o sistema de oito rodadas duplas e 16 provas larga no fim de abril e início de maio em Portugal, no Autódromo Internacional do Algarve.

Cassidy, que também competirá no WEC com uma Ferrari da AF Corse na subclasse LMGTE-AM, tendo estreado na categoria em Sebring, terá concomitância de datas com pelo menos dois eventos do ABB FIA Fórmula E, no qual é contratado da equipe Envision: o neozelandês não poderá tomar parte das etapas de Portimão e Norisring, que coincidem com os eventos de Monte-Carlo e Vancouver da série de carros elétricos. Um outro piloto – ainda não anunciado – substituirá Cassidy nesses eventos.

A temporada 2022 do DTM tem 29 pilotos confirmados em catorze equipes diferentes, com seis construtores de GT envolvidos na série: Audi com seis carros, BMW com quatro, Ferrari com dois, Lamborghini com seis competidores, Mercedes-AMG com oito e Porsche fechando o plantel com três. Além de Fraga e Cassidy, as caras novas da categoria esse ano são Ricardo Feller e Marius Zug (Audi); Clemens Schmid, Rolf Ineichen, Mirko Bortolotti, Alessio Deledda e Nicki Thiim (Lamborghini); Luca Stolz, David Schumacher e Mikaël Grenier (Mercedes-AMG); Thomas Preining, Laurens Vanthoor e Dennis Olsen (Porsche).

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