Cadillac-Ganassi fecha trio do WEC em 2023
RIO DE JANEIRO – Menos de 48h após a disputa da Petit Le Mans, que fechou o ano de Endurance da Cadillac-Chip Ganassi Racing, a equipe confirmou seus recrutas para a campanha do FIA WEC, o Mundial de Endurance, na divisão Hypercar.
Para surpresa de ninguém, o neozelandês Earl Bamber e o britânico Alexander Lynn foram confirmados como dois dos três pilotos da formação.
A terceira escolha é pela experiência, maturidade e muita velocidade – ainda. Aos 47 anos, Richard Westbrook ainda mostra ser muito útil e a excelente campanha pela JDC-Miller Motorsports na série IMSA não foi esquecida. “Westy” volta ao FIA WEC, após provas esparsas pela Glickenhaus e várias aparições nas 24h de Le Mans pela Corvette Racing e outras escuderias – inclusive a Ganassi, no projeto Ford EcoBoost LMGTE e LMGTE-PRO.
A opção por Westbrook é uma tendência pelo menos num primeiro momento já demonstrada pelos demais construtores envolvidos nos novos projetos de Esporte-Protótipo para GTP nos EUA e Hypercar no Mundial de Endurance: trazer pelo menos um ou dois, no máximo, pilotos com ‘rodagem’ ao lado de nomes com menos idade e muita juventude. É uma mescla já existente nas equipes Porsche, BMW e Cadillac num primeiro momento, sem contar Toyota e Peugeot, faltando a Ferrari confirmar quem estará a bordo em 2023.
Outro fator considerado, sem contar o estilo de pilotagem, sempre levado em consideração: a pouca diferença ergométrica entre os pilotos na altura, principalmente – o que é fundamental para o conforto interno no cockpit. Se a foto acima não for montagem, a margem é mínima entre eles.
A Ganassi, além da Penske, será a outra equipe a fazer valer o regulamento de convergência e estar presente no WEC e na IMSA. Inclusive, a Cadillac Racing-Chip Ganassi Racing vai com seus dois Cadillac V-LMDh com motor aspirado DOHC V8 5,5 litros + sistemas híbridos, para as 24h de Daytona, aproveitando o trio do WEC.
Oportunamente, o parceiro de Renger Van der Zande e Sébastien Bourdais para a abertura do campeonato de 2023 deve ser anunciado e não duvido que seja Scott Dixon o escolhido.
Interessante como a nova geração de carros levou as fábricas escolherem pilotos com um perfil diferente da época dos LMP1. A Porsche, que anunciou basicamente seus pilotos mais rápidos de GT3 como oficias no 963, no ano de estreia do 919 tinha na sua tripulação um piloto de ponta da F1 (Webber), um destaque da GP2 (Hartley), três especialistas em LMPs (Jani, Bernhard e Dumas) e apenas um vindo dos GTs (Lieb). O próprio Laurens Vanthoor comentou que o maior peso dos carros atuais leva a uma adaptação muito melhor pra quem vem dos Grã Turismo.