24h de Le Mans 2023 – Toyota comanda o atribulado TL1

RIO DE JANEIRO – Dobradinha da Toyota no 1º treino livre para a 91ª 24 Horas de Le Mans, a edição do Centenário: mesmo com 37 kg de lastro adicional pelo BoP pós-prova, o GR010 Hybrid mostrou que antiguidade entre os carros da Hypercar é posto e os orientais fecharam uma atribulada sessão, com duas bandeiras vermelhas e dois fortes acidentes, com as duas primeiras colocações do plantel de 62 inscritos.

Com o carro #8, Brendon Hartley estabeleceu a melhor marca da sessão em 3’27″742, superando em 0″133 o outro Toyota conduzido em seu melhor giro por Kamui Kobayashi.

A 3ª posição ficou com o Cadillac V-Series.R LMDh conduzido por Earl Bamber, menos de dois décimos mais lento que o melhor tempo da sessão. Felipe Nasr fez a quarta marca com o Porsche da equipe IMSA – que não conta pontos para o WEC e em quinto veio o #6 guiado por Kévin Estre.

O TL1 teve oito carros no mesmo segundo: além dos já elencados, os Peugeot 9×8 ficaram com a sexta e sétima marcas, enquanto a Ferrari – mais rápida do Test Day domingo – fechou em oitavo com o melhor dos seus 499P Hypercar.

Dos três Hypercar não-híbridos, surpreendeu a performance do #709 da Glickenhaus, outro que não conta pontos para o WEC: Esteban Gutiérrez marcou 3’29″617 e ficou com a 11ª colocação.

Na divisão LMP2, a Jota ficou no topo da folha de tempos: Pietro Fittipaldi precisou de somente duas voltas para marcar 3’34″579, tempo que se estabeleceu ao longo da sessão como insuperável entre os 24 inscritos da categoria. O piloto que chegou mais perto foi Malthe Jakobsen, com o melhor Pro-Am do lote. O dinamarquês da Cool Racing fez o tempo de 3’34″611.

As demais equipes ficaram mais de um segundo e meio acima dos ponteiros, com a Prema em 3º graças a Mirko Bortolotti, seguida pela Alpine com Matthieu Vaxivière e a Inter Europol Competition, do espanhol Albert Costa Balboa.

Entre os LMGTE-AM, descontando o Garage 56 que meteu uma luneta nos 21 carros da classe oficial de Grã-Turismo – Jenson Button fez o espetacular tempo de 3’49″475 para o Camaro ZL1 baseado no Nascar Sprint Cup – o dinamarquês Marco Sorensen foi o mais rápido via Aston Martin Vantage AMR da GMB Motorsport, estreante no evento – 3’55″020.

A GR Racing ficou em 2º com o italiano Riccardo Pera em 3’55″330 e Valentin Hasse-Clot, com um dos Aston Martin da TF Sport, foi o terceiro. Alessio Picariello (Iron Lynx) foi o quarto noutro Porsche e o top 5 teve o #98 da NorthWest AMR com o espanhol Alex Riberas.

A melhor Ferrari ficou em 6º com Alessio Rovera a bordo do #83 da Richard Mille AF Corse, marcando 3’55″806, com o Porsche das Iron Dames em sétimo.

Mais rápida da classe no Test Day do último domingo, a JMW Motorsport ficou apenas com a 12ª colocação e a Kessel, do brasileiro Daniel Serra, ocupou o décimo-sétimo posto com 3’56″477.

A sessão livre que teve 3h de duração foi interrompida por dois incidentes e um acidente muito forte, envolvendo o Aston Martin #777 LMGTE-AM da D’Station Racing e o protótipo LMP2 Pro-Am #13 da Tower Motorsport, onde Steven Thomas, a bordo deste último, acertou em cheio o Aston de Stevenson, parado em posição muito perigosa em Tertre Rouge. A interrupção durou pouco mais de meia hora.

Os danos no Aston parecem terminais de tal forma que a equipe de Slinfold, na Inglaterra, terá de levar via terrestre um novo chassi – e este carro chegaria a Le Mans em até 5h, a tempo de começar a reconstrução e tentar largar sábado. Classificar, hoje, será impossível.

O protótipo da Tower ficou bastante danificado, mas como a Oreca deve estar em Le Mans com um caminhão de peças de reposição, não será difícil aprontar o LMP2 a tempo para pelo menos completar algumas voltas na qualificação que começa às 14h e define os 24 carros para a Hyperpole de amanhã.

Restando poucos minutos para o fim do treino, que se encerrou em bandeira vermelha, Nico Varrone entrou ‘quente’ demais em Tertre Rouge, perdeu o Corvette C8.R na saída da curva e bateu forte, meio de lado, meio de traseira esquerda, na proteção de pneus.

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