Marsh Racing vai de DP em 2014

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RIO DE JANEIRO – Participante assídua da temporada 2013 da Rolex Sports Car Series na divisão GT, a Marsh Racing está de mudança para a categoria Daytona Prototypes na próxima temporada, quando a Grand-Am se funde com a American Le Mans Series, formando o campeonato United SportsCar Racing.

A dupla formada por Eric Curran/Boris Said terá à disposição um protótipo Corvette DP, chassi Coyote, adquirido junto ao time Spirit Of Daytona Racing. Após quatro temporadas, a Marsh assume um novo desafio, a pedido do patrocinador principal do time, Sonny Whelen. “Quero exposição na mídia”, disse o sponsor. “É por isso que vamos mudar para os protótipos”, completou.

Os DPs da Grand-Am correrão no novo certame formando uma mesma categoria com os LMP2 do regulamento ACO/FIA/IMSA e os Delta Wing, que teoricamente teriam presença em larga escala – só que o estranho protótipo ainda não deslanchou. Em termos técnicos, tanto a Marsh Racing como todas as outras escuderias envolvidas no campeonato com os DPs, estão em desvantagem tecnológica em relação aos protótipos LMP2, de construção mais refinada do que os espartanos chassis com motores de blocos derivados de produção de série usados na Grand-Am. A direção técnica da USCR vai ter muita dor de cabeça para equacionar o desempenho dos carros para o próximo ano.

Comentários

  • Se é que vão conseguir essa proeza de equalizar os DP para andarem junto dos LMP2. O que eu vejo como melhor solução é os times da Grand-Am irem colocando carros LMP2 para poderem competir. Porque no atual momento eu vejo como favas contadas a vitória da Level 5 ou da Extreme Speed Motorsports em Daytona e em Sebring. A não ser que algum time europeu resolva alinhar um LMP2 nessas duas provas. O que eu torço muito. Nada contra os DP que eu acho excelentes prototipos, mas não são pra andar junto com os LMP2. Deveriam ter juntado a DP com a LMPC que daria mais certo e nem precisariam de muito trabalho para equalizar os carros.

  • De fato, essa equalização vai ser bem problemática, pq será necessário mexer dos dois lados: os DPs precisam ganhar desempenho (sabe-se lá como), enquanto precisam segurar um pouco os LMP2 (já vi em um site darem a ideia da redução da carga aerodinâmica, fazendo-os disputarem o campeonato todo com a mesma configuração usada em Le Mans, mas será que só isso bastaria?). Quanto ao Delta Wing, ele realmente virou uma incógnita, pois, como dito não decola… na verdade, piorou do ano passado para esse. A única ideia interessante que vi para ele, foi a possível adoção dele para a divisão LMPC, caso o contrato de utilização dos Oreca FLM09, que vence ao final da próxima temporada, se não me engano, não seja renovado.

    • Se colocam o kit de Le Mans nos LMP2. Eles vão atingir velocidades absurdas e iriam meter mais de 5 segundos sem forçar o equipamento nos DP em Daytona e em Sebring. E fora outros circuitos onde as retas proporcionam altas velocidades. O unico jeito mesmo eu acho é separar as classe LMP2 ou fazer os DP competirem junto com os Oreca FLM09 que só bastaria meter um lastro neles que eles iriam virar tempos parecidos e teriam uma disputa mais justa. Será uma coisa complicada de fazer esse BoP, mas é bom os times da GrandAm irem bater na porta da HPD, Zytek, Oreca, Lola, ADESS AG, Morgan e etc porque irão levar ferro se a coisa não for como a ISCAR pretende fazer.

      • Dependendo da pista, esse o uso ou alternância dos kits pode até funcionar. A ideia nasceu no teste da GrandAm em Daytona, acho que no fim do ano retrasado, em que a Conquest tbm participou, com um Morgan LMP2, de carga aerodinâmica normal, e usando os pneus Continental. Ele foi cerca de três segundos mais rápidos, mas, na ocasião, ficou evidente que, nessa configuração, o carro era muito rápido no misto de Daytona, mas perdia em velocidade nos trechos de alta velocidade para os DP. Enfim, é uma alternativa, mas, no geral, a equação é bem complicada. Eu tbm colocaria os DP para competir na classe LMPC, concordo que seria a opção mais racional, mas a família France (que controla a GrandAm) jamais aceitaria isso, além da questão do custo, que poderia tornar a participação desses DPs, nessa divisão, pouco interessante (em dados que o Rodrigo postou aqui, creio que no começo do ano, esses protótipos tem preço tão salgado quanto os LMP2, mas não sei dizer quanto aos custos de manutenção). Como vc disse: esse BoP é um belo quebra cabeças a ser resolvido. Não sei se conseguirão no primeiro ano. Espero que sim, e que renda boas corridas, o que, no final, é o que realmente importa.

  • Na minha humilde opinião, eu sou contra qualquer “equalização” pois vai contra o principio das competições para fazer evoluir o automóvel,e a coisa é simples basta não engessarem os projetistas e terem normas e regras muito bem definidas e duradoras.E outra coisa : automobilismo não é e nunca foi um esporte barato,portanto só deveria participar quem ou é muito genial e pode criar um bom carro a baixo custo ou quem tem muitos dinheiros para desenvolve-los .Portanto ,na minha opinião, ou criam uma classe especial para os DPs ou que eles evoluam para conseguir desempenho de LM P2 pelo menos ,mas nunca piorar os P 2.

  • Sinceramente eu acho que os DPs é que deveriam ser excluídos, é só as equipes trocarem os Daytona Prototypes pelos LMP2, simples assim. Ou então das duas uma: os DPs ganharem mais potência, ou diminiur a potênia dos LMP2 para que possa correr de igual para igual.

  • A Riley está preparando um protótipo LMP1/LMP2 desde 2011, e levando em conta que boa parte das equipes do Grand-Am usam o chassis da empresa é bem provável que migrem para este, ao menos as que tem dinheiro. Piorar o desempenho dos LMP2 outra vez não, senão vou começar a assistir as temporadas de 2006 a 2009 quando os Porsche RS Spyder davam calor nos Audi, é muito injusto. Que achem outra solução. Agora seria uma pena que os Oreca FLM saíssem da classe LMPC para que os DW entrassem. Esse ano eles estão voando baixo com o composto da Continental, que todo mundo chiava na Grand-Am. A entrada do Delta Wing na LMPC posso até dizer como certa, afinal é o Don Panoz que está no comando do projeto, que diga-se de passagem é uma lástima (eu iria usar outra palavra, mas não convém).