Jota Sport ganha em Paul Ricard… mas não leva

untitledkai
O bom e velho Gibson 015S Nissan da Greaves Motorsports foi beneficiado pela punição à Jota Sport e venceu as 4h de Paul Ricard neste domingo

RIO DE JANEIRO – Um erro da equipe Jota Sport, cujo protótipo Gibson 015S Nissan foi brilhantemente conduzido por Simon Dolan/Harry Tincknell/Filipe Albuquerque custou a vitória das 4h de Paul Ricard, disputadas no domingo como a 4ª etapa da temporada do European Le Mans Series (ELMS), ao time britânico. Por exceder o tempo máximo de permanência de um de seus pilotos a bordo, por 1min57seg a mais do que os 90 minutos exigidos por regulamento, a trinca levou um acréscimo de tempo de 45 segundos, fazendo-os baixar para 3º na classificação final.

A vitória ficou com o outro Gibson 015S Nissan da série, alinhado pela também britânica Greaves Motorsports. Os 25 pontos da vitória ficaram com a trinca formada por Gary Hirsch/Jon Lancaster/Björn Wirdheim, que assim chegaram ao segundo triunfo do ano. Com isso, a liderança permanece nas mãos do trio da Jota Sport, porém com apenas um ponto de vantagem para a tripulação da Greaves, mantendo a disputa aberta e ao mesmo tempo emocionante para a última etapa, as 4h do Estoril, em outubro.

Com a punição aos vencedores, o novo protótipo BR01 Nissan alcançou o melhor resultado de sua curta trajetória, com o 2º lugar de Kyrill Ladygin/Viktor Shaitar/Mikhail Aleshin. O outro carro do time – agora denominado AF Racing – foi o quarto colocado graças a David Markozov/Maurizio Mediani/Nicolas Minassian. Somente os quatro primeiros chegaram na mesma volta, percorrendo 123 giros na disputa. Em quinto completou o Ligier JS P2 Judd de Tracy Krohn/Nic Jönsson/Olivier Pla – este último substituiu o brasileiro Oswaldo Negri, que por motivos pessoais não participou da corrida.

untitled2gin
A bordo do Ginetta Nissan #3, Chris Hoy e Charlie Robertson são os primeiros campeões da história da classe LMP3 no ELMS

Na classe LMP3, o abandono do carro #2 de Michael Simpson/Gaëtan Paletou com pouco mais de 1h de corrida deu o título antecipado do campeonato a Chris Hoy/Charlie Robertson, com o outro Ginetta Nissan do Team LNT. A dupla terminou em 17º na geral e chegou à terceira vitória em quatro provas. Com 78 pontos somados, eles não podem mais ser alcançados por Konstantin Calko/Dainius Matijosaitis, que terminaram em 3º na categoria competindo com o holandês Martin Van Oostrum. Roberto Lacorte/Giorgio Sernagiotto fecharam a disputa em Paul Ricard com o segundo posto no pódio – pela segunda vez seguida, igualando o resultado no Red Bull Ring.

Os problemas da Ferrari F458 Italia #56 da AT Racing, guiada por Alessandro Pier Guidi/Aliaksandr Talkanitsa/Aliaksandr Talkanitsa Jr., beneficiaram o carro #60 da Formula Racing: Andrea Rizzoli/Mikkel Mac Jensen/Johnny Laursen venceram pela segunda vez seguida em 2015 e abriram vantagem na liderança do campeonato. Agora, a trinca do time dinamarquês (assistido pela AF Corse, é bom lembrar…) soma 19 pontos de frente para Jesse Krohn/Henry Hassid/Andy Priaulx, que chegaram em segundo na categoria numa ótima performance da BMW Z4 GTE da Marc VDS Racing. A JMW Motorsport, no regresso de Jonathan Cocker à catgegoria, ao lado dos também britânicos Rory Butcher e Robert Smith, completou o pódio.

Na GTC, a TDS Racing fez valer o fator casa. Franck Perera/Dino Lunardi/Éric Dermont faturaram a divisão com sua BMW Z4 GT3, chegando com quase 50 segundos de vantagem para Thomas Flöhr/Stuart Hall/Francesco Castellacci. O trio do time chefiado por Xavier Combet está a um passo do título, com 82 pontos somados contra 69 de Castellacci e Hall, os únicos que podem ameaçar na etapa decisiva do campeonato. A Massive Motorsport conseguiu mais um 3º lugar com o Aston Martin guiado por Kristian Poulsen/Jens Möller/Casper Elgaard.

Com a ausência da Ibanez Racing e seus dois protótipos Wolf GB08 Nissan, que são nada mais nada menos que o Oreca 03R Nissan, o grid da prova de Paul Ricard foi o menor do campeonato até aqui, com 27 carros. Espera-se entretanto que o total de inscritos melhore bastante para a prova final em Portugal, que promete disputas sensacionais nas três divisões em que a disputa pelo título ainda está em aberto.

Comentários