A Mil por Hora
Fórmula 1

Faltam dez!

RIO DE JANEIRO – Smartphone na mão, GP da Hungria ainda em seu primeiro terço, Max Verstappen – um sensacional pole position – líder do GP da Hungria. Aí solto a seguinte. “Hamilton vai ganhar esse negócio aí”. Está o print aqui abaixo para não me deixar mentir. Cheguei a duvidar, até, depois que Verstappen, […]

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“Hammer Time”: talvez a maior vitória de Lewis Hamilton na temporada, num GP da Hungria praticamente dominado por Max Verstappen. O holandês é fabuloso. Mas o inglês é foda

RIO DE JANEIRO – Smartphone na mão, GP da Hungria ainda em seu primeiro terço, Max Verstappen – um sensacional pole position – líder do GP da Hungria.

Aí solto a seguinte. “Hamilton vai ganhar esse negócio aí”. Está o print aqui abaixo para não me deixar mentir.

Cheguei a duvidar, até, depois que Verstappen, num primeiro momento, deu uma enquadrada no rival, que chegou a sair para o acostamento.

Mas é melhor nunca duvidar do britânico da Mercedes.

O modo “Hammer Time” entrou em ação na reta final da disputa. A Mercedes-Benz deu um show na estratégia e Lewis, um show na pista. Com pneus médios, os faixa amarela, o líder da temporada e atual campeão mundial trucidou a diferença que o separava de Verstappen. Com um passão por fora, a menos de três voltas do final, Hamilton rumou para a sua 81ª vitória na carreira.

Agora, faltam apenas 10 para igualar o recorde histórico de Michael Schumacher. Um triunfo que já pode ratificar um novo patamar na trajetória de Hamilton no esporte. Ele é um piloto excepcional, foda, um dos maiores de sua geração. E não é exagero nenhum colocá-lo como um dos gênios do automobilismo em todos os tempos.

Dirão alguns… “ain, mas a Mercedes tem o melhor carro da era híbrida”. E daí? Tem também o melhor piloto hoje a bordo deles. Eu sempre disse que, melhor que Hamilton, na Fórmula 1, só Alonso. Mas o espanhol não corre mais lá, então não há termo de comparação do britânico com nenhum outro ainda.

Mas Verstappen hoje foi igualmente soberbo. Aliás, desde ontem com sua primeira e histórica pole. Comandou a corrida como quis até os pneus de sua Red Bull não aguentarem. Ficou satisfeito com o 2º lugar. Outros tempos… se fosse há uns dois anos, o holandês não agiria desta forma. Maturidade, consistência, evolução e sobretudo paciência.

Um campeão às vezes não nasce da noite pro dia, mas a equipe rubrotaurina pode ficar tranquila. Tem um diamante sendo lapidado pouco a pouco para fazer história.

E a Ferrari?

Nossa… só de binóculo para ver os dois primeiros. Uma luneta que Maranello levou para não ser esquecida. Vettel pelo menos colocou ordem na casa, ainda passou Leclerc no fim e foi ao pódio. Mas tomar um minuto de diferença para os sobrenaturais Hamilton e Verstappen é demais para os fãs da mais tradicional escuderia da Fórmula 1.

E Bottas? E Gasly?

Vou te contar hein… foi mal o finlandês. Com o carro que tinha, a obrigação era no mínimo ser o 6º colocado após o toque que provocou um dano em sua asa dianteira e o fez cair para último. Nem isso conseguiu: acabou em oitavo. Futuro em xeque.

Gasly… melhor não falar mais nada. Sexto, uma volta atrás – e perdendo o top 5 para um excepcional Carlos Sainz. Difícil defender.

McLaren consolidada como quarta força: Sainz, pra mim, o grande nome da corrida além dos dois primeiros colocados. Norris voltou aos pontos e graças a ele, ganhei o Bolão da firma neste GP da Hungria. Mais uma pizza de saldo.

A Fórmula 1 entra em modo “férias” e só volta em 1º de setembro com o GP da Bélgica, na espetacular Spa-Francorchamps. Até lá, Hamilton com certeza irá curtir a oitava conquista em 12 etapas, que o deixa com 250 pontos – 62 de vantagem para Bottas, que por sua vez já enxerga um possuído Verstappen nos espelhos retrovisores.

O holandês também tem sólida vantagem sobre a dupla da Ferrari – 25 pontos em relação a Vettel e 49 contra Leclerc. Carlos Sainz Jr. também vislumbra Gasly na alça de mira. Vai para a reta final do campeonato cinco pontos atrás do francês da Red Bull.

E tivemos mais uma corrida da qual não podemos nos queixar – aliás, a quarta seguida desde a modorra de Paul Ricard. A Fórmula 1 dá um tapa na cara da sociedade e nos cagadores de regra que usam as redes sociais para enxergar defeito num GP da Hungria acima da média.

Gostamos assim. Que continue assim. Até 1º de setembro!