IMSA: 26 carros na lista provisória para Mid-Ohio
RIO DE JANEIRO – Após as “36h da Flórida”, como é chamada a junção de 24h de Daytona com as 12h de Sebring, que marcaram as primeiras provas da temporada, a série IMSA está de volta no próximo fim de semana após um hiato de dois meses, para o terceiro evento do campeonato Weathertech SportsCar Championship.
Duas das cinco classes não fazem a viagem ao Mid-Ohio SportsCar Course, circuito do Acura SportsCar Challenge, prova com 2h40min de duração. As divisões LMP2 e GTLM desta vez ficam de fora. A GTLM retorna no evento de Detroit e a subclasse de Protótipos tem seu reencontro com as corridas nas 6h de Glen, no fim de junho.
A IMSA divulgou uma pré-relação para o evento de Mid-Ohio com 26 carros e está praticamente confirmado que haverá 27 na pista de Lexington: a Andretti Autosport prepara a passagem para a LMP3 após disputar o IMSA Prototype Challenge. Jarett Andretti terá a companhia de Oliver Askew, antigo piloto da McLaren na IndyCar.
Assim, o total atual de seis LMP3 deverá subir para sete, juntando-se aos seis DPi full season e a 14 carros da GTD – com as inscrições válidas pela Weathertech Sprint Cup.
Essas inscrições são de dois Acura NSX-GT3 e de um Audi R8 LMS EVO. A CarBahn with Peregrine Racing estreia na turma de cima com Jeff West´phal e Richard Heistand a bordo do carro com o dorsal #39.
Duas equipes retornam: a Gradient Racing vai com o número #66 para Til Bechtolsheimer/Marc Miller e a Compass Racing, após alinhar em algumas provas em 2019 e ano passado o modelo McLaren 720S GT3, escolheu um Acura para a nova campanha. Os pilotos serão Mario Farnbacher e Jeff Kingsley.
A corrida de Mid-Ohio marca enfim o retorno de Felipe Fraga à categoria: contratado para defender a Riley Motorsports, o brasileiro teve problemas por conta do Covid-19, ficou fora nas duas corridas iniciais e estará no #74 junto a Gar Robinson. Assim, Pipo Derani e Felipe Nasr não estarão mais sozinhos como se imaginava, como os únicos brasileiros na pista nesse evento.
De acordo com o BoP publicado pela IMSA na quarta-feira, haverá um boost no turbo do motor Mazda 2 litros construído pela AER, que deixará o carro do construtor oriental com sete HP a mais em relação a Sebring e Daytona. Acura e Cadillac perderão apenas 1 litro nos seus reservatórios de combustível.
Na GTD, são poucas as mudanças: os Acura têm o peso mínimo reduzido em 10 kg, os Porsches ganham 20 kg e os Lamborghini Huracán ganham 2 litros no reservatório de combustível. Não haverá mudanças de potência em nenhum modelo.
Após duas provas, o campeonato aponta Ricky Taylor e Filipe Albuquerque – mais Alexander Rossi, que correu junto a eles nas duas etapas iniciais, na liderança entre os pilotos da DPi, somando 688 pontos. A dupla da Wayne Taylor Racing está oito à frente de Harry Tincknell e Oliver Jarvis, além de Jonathan Bomarito. Nasr e Derani vêm apenas em 7º lugar na tabela, com 570.
A LMP3 apresenta liderança de Colin Braun e Jonathan Bennet, mais George Kurtz, com 378 pontos somados em Sebring. Cabe lembrar que em Daytona a categoria correu apenas para o IMSA Michelin Endurance Cup – a LMP2, também.
Entre os pilotos da GTD, o comando é de Patrick Long, mais Trent Hindman e Jan Heylen, com 649 pontos. O carro #16 da Wright Motorsports deve ter o retorno de Ryan Hardwick, já recuperado do acidente sofrido em janeiro, num treino da divisão IMSA Michelin Pilot Challenge.
Maro Engel vem sozinho em 2º lugar com 626 – mas o alemão não correrá em Mid-Ohio. Na posição subsequente, estão Ian James, Roman De Angelis e Ross Gunn, com 608.
Ano passado, a vitória da prova foi de Ricky Taylor e Hélio Castroneves, com o Acura ARX-05C DPi do Team Penske. Na GTD, ganharam Aaron Telitz/Jack Hawksworth, de Lexus. Será a primeira prova da LMP3 como classe da IMSA nessa pista, portanto, não há registros de vencedores anteriores.
Acabarei aqui reforçando e complementando meu comentário no post da sessão “Para quem não viu” das 6h de Spa do WEC…no caso do IMSA, a categoria é duplamente maltratada.
Como sempre venho falando, não sou um apreciador das transmissões originais da NBC, geradora oficial desde 2019, com o costumeiro áudio ambiente baixíssimo onde mal se ouvem os motores, excesso de tomadas aéreas e as vezes de tão alto que mal dá para ver que tem carros na pista, a dificuldade incrível que eles tem buscar pontos da pista onde há disputas por posições em cada classe…ficam minutos em carros desgarrados…vcs imaginam um leigo zapeando e se depara com a corrida…com uma transmissão dessas é pouco provável que julgue a categoria como interessante. Aliás, as 12h de Sebring foram excelentes, como sempre mas, a transmissão foi um show de horrores…se superaram.
Dai, vem o canal do Grupo Disney e faz a retransmissão que faz…daquele jeito, e sem direito ao público brasileiro de ver a largada…
Só lembrando que, desde 2019, quando a geradora oficial passou a ser a NBC em substituição ao Fox Sports USA, o streamming foi bloqueado para o Brasil.
Está mais fácil acompanhar o WEC, pelo APP do que a IMSA. Realmente a categoria está muito sucateada por aqui neste ano.