É oficial: Cadillac com LMDh na IMSA… e WEC!

A nova “Era de Ouro” do Endurance ganha mais um player: a Cadillac (leia-se GM) estará nas séries IMSA e WEC com programas LMDh de 2023 em diante (Foto: Reprodução)

RIO DE JANEIRO – O anúncio deveria ter acontecido no fim de semana das 24h de Le Mans. Mas com quarenta e oito horas ou mais de atraso, veio a confirmação: a General Motors anuncia um programa de Esporte-Protótipo dentro da convergência de regras entre IMSA e ACO para a partir de 2023.

E, surpreendentemente, em duas frentes. Representada pela Cadillac e com a plataforma Dallara, já que os LMDh terão base em chassis de construtores homologados para a divisão LMP2, a GM vai disputar não só a IMSA como também o WEC. A Cadillac não corre em La Sarthe há 19 anos – em 2002, chegou em 9º e 12º lugar na geral com dois carros, guiados por Wayne Taylor/Max Angelelli/Christophe Tinseau e Éric Bernard/Emmanuel Collard/J.J. Lehto, respectivamente.

As equipes escolhidas para ambos os ´programas são duas das atuais clientes da marca, a Action Express Racing, que deve atuar somente na série IMSA e a Chip Ganassi Racing, que pela expertise já adquirida no Mundial de Endurance tem tudo para fazer a operação do construtor estadunidense em duas frentes – muito embora a base do programa da CGR no WEC tenha sido a Multimatic, que em 2023 será a responsável por fazer os carros do grupo Volkswagen (Porsche e Audi, para começo de conversa).

A estreia do projeto será nas 24h de Daytona, tradicional prova de abertura da série IMSA.

“Estamos entusiasmados por competir no nível mais alto do automobilismo internacional na classe LMDh, começando em 2023”, comentou Rory Harvey, Vice-Presidente Global da Cadillac.

“Como o automobilismo, Cadillac está fazendo a transição para um futuro impulsionado por propulsão alternativa. A natureza das regras LMDh nos ajudará a fazer a ponte entre nossa transferência de tecnologia e nosso futuro totalmente elétrico. Estamos entusiasmados em levar adiante nosso sucesso e continuar a transferir nossos conhecimentos e tecnologia da pista para nossos veículos de produção. Tivemos grande sucesso com o Cadillac DPi-V.R vencedor do campeonato e esperamos construir esse recorde para o futuro com a próxima geração do Cadillac LMDh”, complementou o dirigente.

Quanto ao envolvimento da Corvette, outra marca da GM, nas competições de resistência, é provável que seja decidido até o fim do ano. A marca não tem modelos GT3 ainda – e teria de se resolver entre ter um programa no WEC por duas temporadas ou já entrar de sola na GTD Pro a partir de 2022 – lembrando que não haverá equipes oficiais no regulamento GT3 do ACO/FIA de 2024 para além.

Como se vê, estamos diante de uma nova “Era de Ouro” da modalidade de Resistência, com cinco construtores confirmados com programas LMDh e outros três na Hypercar. Fora outros que podem se envolver – Alpine, Bentley, Ford e Lamborghini são exemplos.

Quem disse que o Endurance tinha os dias contados quebrou a cara. Lindamente.

Comentários

  • Grande notícia…e que campeonatos se transformarão o WEC e o IMSA…mais participantes, e todos muito fortes. A competição entre as montadoras é muito levada também pelo ego. Então, como dito no final do post, a vinda dessas marcas acaba por puxar outras…na GT3 por exemplo, bem provável que teremos Mercedes, McLaren representados com equipes fortíssimas que já figuram em outros campeonatos da classe mundo afora.
    No LMDh eu acho que a Ford não resiste apenas assistindo seus grandes rivais disputarem Le Mans…veremos.

  • Muito tem se falado em dois grupos asiáticos depois que os LMH foram liberados na IMSA: Tata (Jaguar) e Geely (Volvo e Lotus). Aposto tb em outras marcas da VAG, já que o custo vai ficar baixo compartilhando-se o mesmo carro.