8x Ogier

RIO DE JANEIRO  – Dos nove campeonatos recentes do Mundial de Rally (WRC), este homem à esquerda de quem vê a foto venceu oito. E assim, Sébastien Ogier e seu xará Loeb, que dominou a modalidade por longo período, chegam juntos a 17 títulos somados em dezoito anos – somente Ott Tänak quebrou essa longa escrita em 2019.

O oitavo troféu para a estante de Ogier e de seu copiloto Julien Ingrassia, que inclusive deixa a parceria em 2022, quando Sébastien participará apenas em eventos pré-selecionados, veio domingo após a disputa do Rally de Monza, substituto da etapa japonesa cancelada por conta das restrições da Pandemia do Covid-19.

Cabe o registro que Ogier venceu seus oito campeonatos por três marcas diferentes – Volkswagen, Ford e Toyota, que além de tudo ganhou o título de construtores por ter feito campeão e vice – o galês Elfyn Evans.

Evans será o piloto a ser batido em 2022, com a semi-aposentadoria de Ogier. O piloto britânico mostrou muitas qualidades e principalmente maturidade nesta temporada. Perdeu o campeonato por apenas 23 pontos – menos do que vale uma vitória no WRC, sem contar os pontos extras de Power Stage. Foi um grande e difícil adversário, mas o francês de Gap se impôs e venceu a última etapa da temporada com vantagem de sete segundos e três décimos sobre o vice-campeão do mundo.

Dani Sordo fechou mais uma temporada de colaboração com a Hyundai com o pódio, já que é um grande especialista em provas de asfalto. Superou Thierry Neuville, Oliver Sölberg, que guiou um carro da equipe “B” do construtor sul-coreano e também Teemu Suninen, que substituiu de última hora a Ott Tänak, que por problemas de saúde não pôde comparecer na última etapa do campeonato.

Takamoto Katsuta fechou o evento com a 7ª posição, seguido pelo único Ford no top 10 com Gus Greensmith, o Yaris de Kalle Rovanpërä, a grande revelação do ano e também pelo local Andrea Crugnola, em excelente prova de recuperação após enfrentar vários problemas no primeiro dia de provas cronometradas.

Com o título do WRC2 já definido em favor de Andreas Mikkelsen, restava então conhecer o campeão do WRC3 e o título ficou com Yohan Rossel, que chegou em segundo na subclasse e bateu o polonês Kajetan Kajetanowicz, que era seu principal adversário e foi o 3º colocado no Rally de Monza na categoria.

Nikolay Gryazin foi o melhor entre os pilotos do WRC2, mas seu resultado contou somente para a competição de equipes. A pontuação máxima de pilotos foi para Jari Huttunen, que assim terminou a temporada em 3º, superando o boliviano Marco Bulacia no número de vitórias ao longo do ano.

Classificação final do Rally de Monza:

1 – Ogier-Ingrassia (Toyota Yaris) – 2h39’08″6
2 – Evans-Martin (Toyota Yaris) – 7”3
3 – Sordo-Carrera (Hyundai i20) – 21”3
4 – Neuville-Wydaeghe (Hyundai i20) – 32″0
5 – Solberg-Edmondson (Hyundai i20) – 1’32″0
6 – Suninen-Markkula (Hyundai i20) – 2’22″6
7 – Katsuta-Johnston (Toyota Yaris) – 2’34″5
8 – Greensmith-Andersson (Ford Fiesta) – 2’50″2
9 – Rovanpera-Halttunen (Toyota Yaris) – 4’49″6
10 – Crugnola-Ometto (Hyundai i20 WRC3) – 9’06″9

Classificação final do WRC entre os pilotos:

1. Sébastien Ogier – 230 pontos
2. Elfyn Evans – 207
3. Thierry Neuville – 176
4. Kalle Rovanpërä – 142
5. Ott Tänak – 128
6. Dani Sordo – 81
7. Takamoto Katsuta – 78
8. Craig Breen – 76
9. Gus Greensmith – 64
10. Adrien Fourmaux – 42
11. Teemu Suninen – 29
12. Esapekka Lappi e Oliver Solberg – 22
14. Mads Ostberg – 15
15. Yohan Rossel – 12
16. Jari Huttunen e Andreas Mikkelsen – 10
18. Pierre-Louis Loubet e Onkar Rai – 6
20. Pepe López, Pieter Jan Michiel Cracco, Karan Patel, Aleksey Lukyanuk e Nil Solans – 4
25. Eric Camilli – 3
26. Nil Solans, Fabian Kreim, Carl Tundo, Marco Bulacia Wilkinson e Nikolay Griyazin – 2
31. Emil Lindholm, Vincent Verscheuren e Andrea Crugnola – 1

Comentários

  • Fica a chance perdida para os torcedores que tinham esperanças de Ogier igualar o número de títulos de Loeb, da mesma forma que este, quando anunciou sua saída do WRC, deixou todos desconsolados quando queriam ver se ele conseguia a marca de 10 títulos conquistados. Puxa vida, esses caras são demais, mas nos deixaram com um tremendo gosto de quero mais para ver se conseguiam mais uns títulos…

  • Multicampeões, em qualquer esporte de alto desempenho, são seres para se estudar. Schumi, Hamilton, Fangio, Rossi, Agostini, Loeb, Ogier, Peterhansel…, etc. Kelly Slater também é impessionante.

    A paixão pelo esporte, o foco, o profissionalismo exigido, além obviamente do enorme talento natural, colocam estes caras em outro nível, bem acima dos “mortais”.