WEC, 6h de Portimão: Toyota lidera último treino e Ferrari bota manguinhas de fora

RIO DE JANEIRO – Num treino livre que praticamente reproduziu parte das condições que teremos na definição do grid para as 6h de Portimão, a surpresa do sábado não é a Toyota em primeiro – o construtor japonês foi melhor nas três sessões preparatórias para a 2ª etapa do FIA WEC, o Mundial de Endurance. Mas sim o plantel da Hypercar separado por pouco mais de dois segundos e mais: Ferrari botando manguinhas de fora e, em princípio, Peugeot apresentando armas.

Pode ser que na definição do grid esse cenário mude, mas é um panorama mais animador face a sexta-feira. Brendon Hartley foi quem estabeleceu no carro #8 da Toyota a melhor passagem em 1’31″795 – também o melhor tempo do fim de semana até aqui, contra 1’31″984 da Ferrari 499P guiada por James Calado.

Kamui Kobayashi ficou com o terceiro tempo no outro Toyota e o Peugeot 9X8 com o suíço Nico Müller a bordo foi somente 0″943 mais lento nessa sessão, com o Cadillac V-Series.R tripulado pelo veterano Richard Westbrook em quinto.

O espanto da sessão, possivelmente simulando situação de qualificação com menos combustível no tanque, foi o 6º tempo do Vanwall Vanderwell que é um Hypercar sem sistema híbrido e com motor aspirado – Gibson GK458 V8. Tom Dillmann fez 1’32″922 e foi melhor que os dois Porsches, uma das Ferrari, um dos Peugeot e o Glickenhaus que fechou o lote dos onze inscritos na divisão principal.

A Vector Sport liderou de novo a folha de tempos entre os LMP2: Gabriel Aubry mostrou de novo velocidade e fez 1’34″265 com o Oreca da equipe britânica, porém superando por apenas dois milésimos de segundo a marca do suíço Louis Déletraz, com o #41 do Team WRT. Robin Frijns, no #31 do time de Baudour, foi o terceiro colocado.

Equipe do ídolo local Antonio Félix da Costa, a Hertz Team Jota – que compete como hors-concours – ficou em quarto, seguida do #22 da United Autosports e do #63 da Prema.

A Alpine do brasileiro André Negrão foi 9ª colocada com a marca de 1’35″308, ligeiramente pior que o 1’35″293 que o piloto marcara no TL1. Eles não puderam se comparar com os demais times porque durante o TL3 houve uma bandeira vermelha por 24 minutos, fruto exatamente de um contato entre o carro #35 então guiado por Memo Rojas e o Peugeot 9X8 conduzido pelo anglo-brasileiro Gustavo Menezes. O Oreca azul retornou aos boxes no caminhão ‘flatbed’.

O treino da Jota, de Pietro Fittipaldi, foi prejudicado por um incidente com o Porsche das Iron Dames, da classe LMGTE-AM, onde o carro #28 e o modelo alemão da equipe feminina tentaram evitar um contato com o Oreca da Alpine guiado por Julien Canal, que deu uma rodada.

Na LMGTE-AM, quem estabeleceu o melhor tempo do treino desta vez foi Davide Rigon, mas sempre de Ferrari, marca dominante nas três sessões. O piloto italiano do #54 da AF Corse marcou 1’40″426, contra 1’40″790 do compatriota e ‘colega’ de time Alessio Rovera, que defende o #83 nas cores da Richard Mille-AF Corse.

Mesmo com o incidente envolvendo o carro #85 e o Team Jota, as Iron Dames ficaram com um bom terceiro tempo, cortesia de Michelle Gätting, seguida do outro carro da Iron Lynx com Alessio Picariello a bordo. Daniel Serra foi quinto – 1’40″948.

A tendência é que o patrão-piloto Takeshi Kimura seja o piloto escalado para o qualifying, lembrando que por regra, os pilotos prata e bronze da LMGTE-AM têm de guiar, no mínimo, por 1h45min neste domingo. É o mesmo total dos prata da LMP2.

A definição do grid é neste sábado, 11h30. E vocês poderão acompanhar as 6h de Portimão com transmissão EM PORTUGUÊS e NA ÍNTEGRA, neste domingo, a partir de 7h30, aqui.

Comentários

  • Bom dia Rodrigo,

    Antes de mais, espero estar a comunicar com o autor do livro sobre as histórias das 24 hora de Lemans. Se assim for, sou o Pedro Manuel, vivo em Portugal, tenho 53 anos e sou um PetrolHead. No fim de semana das 24 Horas de Lemans, numa das muitas buscas por novos livros sobre automobilismo, “esbarrei” no seu e na editora Gulliver. Fiquei deveras entusiasmado com os livros apresentados pela editora e entrei de imediato em contacto, mas até à data sem resposta. Preciso assim da sua ajuda, no sentido de saber se é possível o envio do seu livro em particular e de outros livros (por exemplo, José Carlos Pace) para Portugal sendo o pagamento feito por transferência bancária.
    Com os melhores cumprimentos,