Monza vai tremer! Próxima etapa do FIA WEC vem com 37 carros e plantel completo de Hypercars


RIO DE JANEIRO - Passada a ressaca da consagração da Ferrari na edição do Centenário das 24 Horas de Le Mans, o FIA WEC já tem data marcada (9 de julho) para voltar - e logo onde? No santuário de Monza, inclusive com sexta-feira de entrada franqueada aos tifosi. Ninguém pagará ingresso no próximo dia 7, quando acontecem dois dos três treinos livres previstos pela programação do evento.

A lista de entradas para as 6h de Monza, quinta etapa da temporada 2023, contempla 37 carros e o plantel completo de Hypercars, pois finalmente a Proton Competition estreia e a ênfase será quase total no carro #99 a ser conduzido por Gianmaria Bruni, prata da casa, junto a Neel Jani e Harry Tincknell.

Tanto que o carro cliente da LMGTE-AM para Ryan Hardwick e Zach Robichon não foi inscrito e caso apareça em Monza, ficará como sobressalente para o #77 da mesma classe. Isso significa que a divisão de Grã-Turismo terá 13 inscrições na etapa italiana.

Ainda sem BoP definido após a corrida disputada há pouco menos de duas semanas, a Hypercar também terá a estreia de João Paulo de Oliveira no lugar de Tom Dillmann. De profícua carreira no automobilsmo japonês, Oliveira tem 41 anos, lidera o Super GT na classe GT300 e fará sua estreia no FIA WEC. Algumas vezes ele testou com a equipe de Colin Kolles e só não disputou Le Mans pelo time do 'dentista de Timisoara' porque veio a Pandemia e nenhum estrangeiro residente no Japão, caso saísse, poderia regressar por conta das medidas sanitárias. Dessa vez é diferente.

Assim, JP se junta a Pietro Fittipaldi, André Negrão e Daniel Serra no rol de participantes de uma corrida que promete muito e pode decidir título na LMGTE-AM. Com três vitórias e 133 pontos, o trio Ben Keating/Nicky Catsburg/Nico Varrone só depende dele mesmo para liquidar a fatura já em Monza. Em 2º lugar vem o trio da ORT by TF com 59 pontos e as Iron Dames vêm em terceiro com 56. Serra e os parceiros Scott Huffaker e Takeshi Kimura estão em nono lugar, com 28.

Na LMP2, a competição continua muito indefinida. As trincas que lideram a classificação têm três pódios - a do #41 do Team WRT e os rapazes do #34 da Inter Europol Competition - mas a equipe austro-polonesa vem de moral elevadíssimo para Monza pela vitória em Le Mans. São apenas quatro pontos separando essas duas tripulações na tabela, deixando Phil Hanson e Frederick Lubin em 3º, mas ainda com boas chances.

Pietro Fittipaldi e cia. ocupam o 11º posto no campeonato com 28 após uma atuação prejudicada por problemas em Le Mans. André Negrão e parceiros vêm do melhor resultado no ano para efeito de pontuação - 7º lugar - e subiram para dezessete unidades na tabela.

Nessa classe, volta Andrea Caldarelli no posto de Juan Manuel Correa, porque este último tem Fórmula 2 no mesmo fim de semana em Silverstone, na Grã-Bretanha. Mathias Beche foi escalado para o #63 da Prema em razão do compromisso de Mirko Bortolotti no DTM.

Igualmente haverá mudanças na United Autosports, forçosamente, pois teremos Mosport pela IMSA no mesmo fim de semana. Isto posto, Filipe Albuquerque dará lugar a Ben Hanley no #22 e Tom Blomqvist será trocado de novo por Giedo Van der Garde no #23.

Já na Hypercar, a Toyota ainda lidera, mas o fato de Le Mans apresentar pontuação dobrada colocou fogo no jogo. Brendon Hartley/Sébastien Buemi/Ryo Hirakawa somam 25 pontos de frente sobre James Calado/Ale Pier Guidi/Antonio Giovinazzi (107 a 82). Um pouco mais atrás, o trio da Cadillac que completou o pódio em La Sarthe, com Earl Bamber/Alex Lynn/Richard Westbrook ocupa o 3º posto na tabela, com 70.

No Mundial de Marcas, a diferença é ainda menor: a Toyota soma 126 pontos contra 107 da Ferrari, 70 da Cadillac, 54 da Porsche, 35 da Peugeot, 32 da Glickenhaus e seis da Vanwall, que das quatro provas anteriores só viu seu carro concluir em Sebring.

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