Os 186 nomes das 24h de Le Mans do ano do Centenário

RIO DE JANEIRO – Faltam pouco mais de 30 dias para a edição do Centenário das 24 Horas de Le Mans. A 91ª edição desde 1923 já tem a lista “au complet” com relação aos pilotos das 62 inscrições titulares: os 186 nomes foram anunciados nesta sexta-feira.

A lista está aqui.

O total já anunciado há alguns meses contempla 16 carros Hypercar – o maior plantel da classe principal desde 2011, quando foram inscritos dezessete – 24 LMP2, sendo nove Pro-Am, com pelo menos um piloto bronze, 21 LMGTE-AM e o Garage 56 da Nascar, no que é a primeira participação de um carro Stock Car em 47 anos.

As vagas restantes foram todas preenchidas e entre os times da divisão principal restava a Glickenhaus resolver o lineup do carro #709, sua inscrição extra – repetindo o que fizeram a Cadillac, a Action Express e a Porsche Penske, com carros da IMSA. Jim Glickenhaus contará com o antigo piloto de F1 Estebán Gutiérrez, que esteve no WEC e em Le Mans ano passado, além do francês Nathanaël Berthon, para dividir os trabalhos com Franck Mailleux. Ausente em Spa, Ryan Briscoe regressa ao #708.

Os brasileiros garantidos na Hypercar são Felipe Nasr no Porsche #75 junto a Mathieu Jaminet e Nick Tandy – e Pipo Derani no Cadillac #311 da Whelen Engineering Racing/AX Racing, com Alexander Sims e Jack Aitken. Nasr vai para a quarta disputa em La Sarthe, tendo um 5º lugar na classe LMP2 e um nono na geral como melhor performance. Derani estará na clássica prova francesa pela oitava oportunidade – foi ao pódio na LMGTE-PRO em 2017 com a Ford e quarto absoluto nas edições de 2021 e 2022, com a Glickenhaus.

Na subclasse LMP2, teremos os 11 carros postulantes aos pontos em dobro ofertados para os carros do WEC e uma batelada de inscrições do European Le Mans Series, com destaque absoluto para a presença da Duqueine, da Panis Racing e da IDEC Sport como as equipes da casa, além da suíça Cool Racing, que chamou Simon Pagenaud para voltar a Le Mans no assento que é de José María López no ELMS.

Entre os nove inscritos Pro-Am, muitas trincas com excelentes pilotos de graduação ouro/prata/platina: assistida pela TDS Racing, a Tower Motorsports terá René Rast e Ricky Taylor ‘carregando’ o canadense John Farano; a Nielsen vai de Rodrigo Sales/Mathias Beche/Ben Hanley; a Inter Europol fechou com os dinamarqueses Anders Fjördbach e Jan Magnussen – este ficou de fora ano passado, interrompendo uma sequência de participações, mas regressa para a 24ª Le Mans da carreira, o maior total de todos os competidores – junto a Mark Kvamme; Alexandre Coigny forma com Nico Lapierre e Malthe Jakobsen na Cool Racing;

Não acabou: a Graff confirmou Giedo Van der Garde e Patrick Pilet junto a François Hériau; a DKR Engineering terá um trio de belgas – Maxime Martin, Tom Van Rompuy e Ugo de Wilde; a Algarve Pro Racing vai com James Allen, George Kurtz e Colin Braun; François Perrodo é o bronze da trinca da AF Corse com Ben Barnicoat e Norman Nato – e fechando o rol da subdivisão, onde nenhuma formação pontua para o WEC, o Racing Team Turkey vai de Salih Yoluç junto a Tom Gamble e Dries Vanthoor, porque Charlie Eastwood e Louis Deletraz, parceiros do turco no ELMS, já têm compromisso assumido com escuderias do Mundial.

A LMGTE-AM vai com as catorze inscrições do Mundial e os demais carros extras vêm do European Le Mans Series e Asian Le Mans Series. O ACO confirmou os últimos assentos vagos: Louis Prette e Giacomo Petrobelli – antes indicado para a equipe Kessel, vão com Thomas Neubauer no #66 da JMW Motorsport; a Kessel Racing terá três japoneses no segundo carro – Kei Francesco Cozzolino, Naoki Yokomizo e Yorikatsu Tsujiko. Chandler Hull vai alinhar na Ferrari da Walkenhorst com Andrew Haryanto e Jeffrey Segal e a Proton Competition fechou suas trincas: Jan Heylen vai no #16 com Zach Robichon e Ryan Hardwick, enquanto o #88 do WEC, que tem o estadunidense e o canadense, ficará com Harry Tincknell junto a Brendan Iribe e Ollie Millroy – com certeza entrou um “cacau” da Inception. E no #911, Martin Rump fecha o trio junto a Richard Lietz e o “Magneto” Michael Fassbender.

Os demais brasileiros do total de cinco representantes do país são os mesmos desde o início da temporada 2023 do WEC: André Negrão (Alpine Elf Team), Pietro Fittipaldi (JOTA) e Daniel Serra (Kessel Racing-Car Guy). Campeão do WEC na LMP2 em 2018/19 e bicampeão da classe LMP2 em Le Mans, André disputará sua sétima Le Mans em seguida – ele foi 3º geral em 2021 com um protótipo LMP1 na Hypercar. Pietro vai para a segunda participação em La Sarthe e esta será a também a sétima presença do tricampeão da Stock Car Daniel Serra, que recém completou 39 anos no último dia 24 de abril. Ele tem duas vitórias na agora extinta classe LMGTE-PRO, defendendo Aston Martin e Ferrari.

E o Garage 56 tem um trio de peso, com um mega campeão da Nascar – Jimmie Johnson; um campeão mundial de F1 – Jenson Button; e um vencedor de Le Mans – Mike Rockenfeller. Há o otimismo que, mesmo com um carro mais pesado, o andamento do Stock Car, um Camaro ZL1 muito bem preparado para o desafio – será o mesmo dos LMGTE-AM, rodando num ‘pace’ de 3min55seg por volta.

Aliás, com 40 protótipos na pista, um Stock Car e 21 modelos Grã-Turismo, a edição de 2023 das 24 Horas de Le Mans tem todos os ingredientes para ser bastante rápida, em diversos sentidos.

Além da lista “au complet”, o ACO confirmou também que ainda há oito inscrições na lista de espera: a The Heart of Racing, compreensivelmente, saiu porque ela assumiu com o trio Daniel Mancinelli/Ian James/Alex Riberas a inscrição do #98 da NorthWest AMR com a retirada voluntária de Paul Dalla Lana das pistas. A Risi Competizione também está fora. Em caso de desistência, a Spirit of Race é a primeira da lista de espera, constando ainda outros quatro LMGTE-AM, além de três LMP2 Pro-Am, um deles da DragonSpeed, campeã da subclasse na corrida de 2021.

Comentários

  • Contei 21 pilotos que já passaram pela F-1, incluindo dois campeões mundiais: Jacques Villeneuve e Jenson Button. E mais um que até merecia: Juan Pablo Montoya. Na quantidade, um a mais que o grid. Na qualidade, fica devendo por muito pouco.